segunda-feira, maio 30, 2011

segunda-feira, maio 16, 2011

"As pessoas respeitam o ódio. Ele fala, ele vibra."

Faz um pouco mais de um ano que escrevi meu primeiro post aqui e foi justamente após o meu niver do ano passado, que inaugurei o meu blog.
O meu niver desse ano, fugiu um pouco do padrão, pois não foi uma festa, foi apenas um passeio, porém como no ano passado, pessoas que eu acreditava que estariam presentes, não se apresentaram, enquanto outras me surpreenderam comparecendo ao evento.


"(...)Porque não se assemelha  absolutamente a um mortal, o homem que vive entre bens imortais."
 Epícuro - Carta sobre a Felicidade.

Ganhei um livro esse ano de um amigo. Um livro bilingue, escrito em grego e em português. Gostei muito, ele é do tamanho da minha concentração para leitura... rs



Aconteceram muitas coisas nesse meio tempo que não escrevo aqui, muitas delas me renderiam bons textos para debater, mas atualmente meus tempos livres tem sido escassos e dou preferência a dar atenção às pessoas próximas a mim. Porém queria escrever sobre o caso de bullying que ocorreu recentemente no Rio.
Após o incidente houve um grande alvoroço de pessoas querendo mais segurança nas escolas, através de equipamentos de detector de metais, presença de patrulhas policiais em cada escola... o Estado não tem condições de implantar e/ou manter um regime de segurança tão rígido, mas você acha que isso vai resolver alguma coisa desse gênero? Eis então que descubro uma excelente resposta para isso em um filme que fala justamente sobre esse tema...

"Não é o que eles tem na mochila o que os tornam perigosos, mas o que tem no coração."
Bang Bang You`re Dead

Não são as armas que os fazem perigosos. Foi o que essas pessoas sofreram ou vivenciaram para tornarem-se tão vís que é o perigo. O problema está na sociedade, a mentalidade violenta e intolerante do homem moderno, que é passada para nossos filhos e nossos filhos as "repassam" em seus ambientes de convívio, no caso, as escolas.

Abaixo, deixei um trecho do filme interpretado pelo protagonista (o ator: Ben Foster), no qual ele relata essa transformação sofrida por uma vítima do bullying até se tranformar no "monstro", como os jornais rotularam o assassino dos estudantes de Realengo.

“Um empurrãozinho de outros garotos é algo muito relevante especialmente quando você sabe que vai acontecer todos os dias, todos os dias, todos os dias. Você fica quase aliviado quando acontece. Fica sempre esperando o próximo ataque.

Não se limitam a machucar você, fazem você se machucar sozinho. Jovens podem ser as pessoas mais cruéis do mundo. Anormalmente cruéis.

Você precisa ser homem. Seja homem! Seja homem! Às vezes você só quer chorar. Às vezes, só o ódio é real no mundo. Você pode deixar de amar, mas o ódio parece continuar pra sempre. As pessoas respeitam o ódio. Ele fala, ele vibra.

Nem precisam de uma arma pra ferir você. Usam palavras, risadas. Gostam de te ver sangrar até morrer. Divertem-se vendo você lutando com o pranto, com um nó na garganta, vermelho, querendo chorar. E te tão um nome: lixo, fracassado, bicha, esquisito, retardado, idiota. O nome faz algo com você, muda o seu ser, altera as moléculas, até que um dia você acorda, se olha no espelho e não se reconhece mais, porque passa a acreditar neles. Eles vencem, você perde. Você quer implorar para ser deixado em paz, mas ninguém escuta porque ninguém se importa, você não tem mais nome. Eles o roubaram. Até que um dia dizem aquele nome, e você ouve um estalo. Você entende o que precisa fazer: reaver o seu nome. E precisa fazê-lo diante de toda a escola, pois foi onde o roubaram. Precisa fazê-lo de forma que todos os garotos se lembrem. É uma questão de justiça, e logo você só consegue pensar num jeito: Jonesboro, Springfield, Paducah, Columbine”.
Bang Bang You`re Dead