quarta-feira, dezembro 29, 2010

O Natal segundo São Coala

Confesso que curti mais essa versão da história... Se estiver difícil de ler, cliquem AQUI para acessarem a página original.

PS: Uma moeda pra quem adivinhar quem é o pastor!!!

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Capitalização dos desejos

Nesse último domingo eu fui uma das vítimas do temporal que caiu sobre o Rio e que me fez chegar em casa as 1.40h da manhã de segunda, muito puto... Mas enfim, isso não vem ao caso, não estou aqui para falar da minha vida e sim, para falar de algo que nunca imaginei na minha vida encontrar dentro de um shopping, uma Fonte dos Desejos. No caso, dentro do Barra Shopping.
A primeira vista pensei que fosse alguma estratégia de marketing do shopping para atrair clientes, mas não, o pequeno chafariz não tinha nenhuma identificação dizendo que ele era uma fonte dos desejos, foi só quando percebi que aquilo era apenas um item decorativo do shopping, que por alguma PORRA de  motivo random, algumas pessoas que passavam por ali resolveram "acreditar" que aquilo era uma fonte dos desejos e começaram a jogar moedas ali dentro, por conseguinte, as pessoas que passavam depois e viam aquelas moedas ali dentro, deduziam que aquilo era uma fonte dos desejos e tacavam mais moedas... Cômico como as pessoas fantasiam certas coisas e também como dinheiro não faz falta a elas... pensei seriamente em colocar um chafariz no portão da minha casa, daria pra tirar uma grana, será que essa fórmula funcionaria também na Baixada? Ou será que o chafariz viraria banheira de mendigo como era o antigo chafariz que tinha na praça do Pacificador, onde hoje é o Centro Cultural Oscar Niemayer e o teatro Raul Cortez..
Mas ao contrário de muitos, a visão de uma fonte dos desejos dentro de um shopping center me causou um grande "mind fuck", tanto que fotografei essa escultura tragicômica. Mais trágica do que cômica para mim, mas por que? Porque ver algo que simbolizia a fantasia, a magia, o lúdico, as minhas histórias de infância, dentro de um centro comercial, o maior símbolo do capitalismo contemporâneo, um local feito para as pessoas satisfazerem seus desejos cosumistas, é algo que me deixou triste, tive um instante de medo de como seria o futuro, a princípio, de como seriam as histórias de fantasia contadas as crianças no futuro. Indo além, refleti sobre a cegueira do consumismo descomedido alienando as mentes das próximas gerações, esse desejo excessivo de consumir, é algo muito terreno e desumano para mim... Pode ser uma paranóia de uma mente vermelha, subversiva se ainda vivessemos na ditadura, mas por favor, não comercialize os meus sonhos de infância, capitalizar até os nossos desejos, já é demais para mim.